domingo, 13 de abril de 2008

A vontade de sentir esse odor
supera a dor da sua presença,
penso,
tendo-te aqui a meu lado
como suportarei a indiferença,
quero,
essa dor
dominante que me consome,
perdido,
encontra-me nos vértices da angustia
percorro as arestas da tua presença.

3 comentários:

mjm disse...

Será o prazer da dor compensação que reponha os danos da indiferença?
...só se sentir for a mais-valia do processo, e se a vontade for o empreendedorismo do negócio!...

O paralelo com a expressão jurídica fez-me parar para pesar a comparação, mas logo retomei a salvação da alma quando me detive no timbre da palavra odor, que me devolveu aos sentidos.

Mas, cuidado!
Suportar a dor é estóico; amar a dor é masoquismo...

Gostei das utilizações diversas do subs presença.
Quanto ao 'desmembramento' frásico: o efeito visual da partição dos versos dá-nos o estilhaço dessas duas presenças - a interior e a exterior -, que rendem o poeta à função de observador de si mesmo.

Creio ter conseguido 'ver' através dos teus olhos.

Bem Vindo!

Anónimo disse...

Humberto Carlos, tu é que és dono e Senhor da palavra...é verdade, surpreendeste-me, afinal esse ar de durão é só uma capa, tu tens sentimentos e sabes depositá-los através da escrita...parabéns Humberto Carlos, qualquer dia estás a ercrever letras paro o Tony...quiçá!

Beijocas migo

SelectorXrootlesS disse...

Penso que nem eu seria capaz de melhor análise!

Muito Obrigado