A vontade de sentir esse odor
supera a dor da sua presença,penso,
tendo-te aqui a meu lado
como suportarei a indiferença,quero,
essa dor
dominante que me consome,perdido,
encontra-me nos vértices da angustia
percorro as arestas da tua presença.
Somos senhores das palavras que não pronunciamos mas escravos das que nos escapam.
3 comentários:
Será o prazer da dor compensação que reponha os danos da indiferença?
...só se sentir for a mais-valia do processo, e se a vontade for o empreendedorismo do negócio!...
O paralelo com a expressão jurídica fez-me parar para pesar a comparação, mas logo retomei a salvação da alma quando me detive no timbre da palavra odor, que me devolveu aos sentidos.
Mas, cuidado!
Suportar a dor é estóico; amar a dor é masoquismo...
Gostei das utilizações diversas do subs presença.
Quanto ao 'desmembramento' frásico: o efeito visual da partição dos versos dá-nos o estilhaço dessas duas presenças - a interior e a exterior -, que rendem o poeta à função de observador de si mesmo.
Creio ter conseguido 'ver' através dos teus olhos.
Bem Vindo!
Humberto Carlos, tu é que és dono e Senhor da palavra...é verdade, surpreendeste-me, afinal esse ar de durão é só uma capa, tu tens sentimentos e sabes depositá-los através da escrita...parabéns Humberto Carlos, qualquer dia estás a ercrever letras paro o Tony...quiçá!
Beijocas migo
Penso que nem eu seria capaz de melhor análise!
Muito Obrigado
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